segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

paradise



Ontem estava eu muito bem no sossego do meu quarto quando decidi ver uns trailers de filmes de terror – bad idea! É que sempre que tenho a brilhante ideia de me aventurar a ver coisas pouco pacificas, não consigo adormecer sem ter pelo menos uma pequena luz no meu quarto. Assim sendo, quando fui para a cama, liguei a televisão no canal VH1, para ir ao menos ouvindo umas músicas (baixinhas!). Enquanto esperava pelo sono, passou uma das músicas do momento: Paradise – Coldplay. Eu sempre gostei desta música, mas não morria propriamente de amores por ela, até à noite passada. 
Acho que já me tinha esquecido de sonhar além fronteiras. Ontem, com a Paradise, perguntei-me qual é que era o meu paraíso. Fechei os olhos e a primeira imagem que passou pela minha cabeça foi uma casa de férias no campo e ali estava eu, com os meus trinta e tal anos, o meu marido fantástico e claro, como não podiam ficar em falta, os meus meninos(as). Eu fiquei muito feliz após a visualização desta imagem, mas parecia-me… básico, tradicional e ao mesmo tempo, tudo o que eu (já) não queria. Foi aí que um velho sonho ressuscitou. Eu conseguia ver, quase que conseguia sentir! E ali estava eu, feita na mulher dos meus sonhos, a correr de um lado para o outro pelas ruas de NYC; roupas de estilista e saltos altos; ipad, pastas, entre outras coisas demasiado importantes para se deitar fora, tal como o meu sonho. Morava num T1, preferivelmente com o meu estúpido. Trabalhava no ramo da moda. Por vezes ponho-me a pensar o quão fútil eu posso ser, porque passo a vida a pensar em roupa, épocas, estilos, estilistas e coisas que tais. Mas para mim não são simples roupas, nem um querer parecer bonita ou “na moda”, é muito mais que isso. É uma paixão.
Voltei a perceber o valor dos sonhos e ganhei a motivação para lá chegar. Esta menina vai vencer.

bonjour amélie

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